Localizada apenas 100 km de São Paulo, 29 km do aeroporto de Viracopos, aproximadamente cinco km de Itu e 14 km de Indaiatuba, a Estância Turística de Salto é composta por um cenário encantador, hospitaleiro e de grande importância histórica, geográfica e ambiental. Rica em belezas naturais, tem como responsável pelo seu desenvolvimento o Rio Tietê. O rio serviu como caminho de penetração para o sertão, rota dos bandeirantes, e corredor de comércio de riquezas. Pelo seu potencial energético, o Tietê possibilitou a também a industrialização local. A belíssima paisagem natural, que há séculos atrai os olhares dos visitantes, hoje é o principal atrativo da cidade. Conhecido como Complexo da Cachoeira, o local possui o Memorial do Rio Tietê que resgata os valores do mais importante rio paulista, um mirante, a Ilha dos Amores, a Ponte Pênsil e ainda o Caminho das Esculturas.
Um cenário geo-histórico importante mundialmente, Salto corresponde à segunda localidade do planeta a servir como referência para estudiosos afirmarem a teoria de que, no passado, América, Àfrica, Austrália, Antártida e Índia formavam um único continente. O motivo é a descoberta da Rocha Moutonneé, um granito róseo, que possui marcas visíveis da glaciação da era paleozóica. Hoje, a Rocha Moutonné é dos belos parques da cidade.Local também voltado para a fé, a cidade possui o segundo maior monumento sacro do Brasil, o Monumento à Padroeira. E conta ainda com outras opções de passeio: Parque do Lago, a Igreja Matriz, Parque da Usina de Lavras e o Museu da Cidade de Salto.Salto também está em privilegiada região do interior do estado, entre Campinas, Sorocaba, Piracicaba e Jundiaí, caracterizada por seu grande desenvolvimento industrial. Dentro deste contexto o Porto Seguro Hotel constitui uma opção de turismo, de lazer e de negócios. Salto é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas. Apesar de só ter se desmembrado da cidade de Itu no século 19, o marco da fundação de Salto é considerado a inauguração da capela do sítio Cachoeira, em 16 de junho de 1698. O proprietário do sítio era o Capitão Antônio Vieira Tavares, um ex-bandeirante - sobrinho do famoso bandeirante Raposo Tavares -, que adquiriu as terras na margem direita do rio Tietê, até então habitadas pelos índios guaianases. No local onde se encontrava a capela original foi erguida a atual Igreja Matriz Nossa Senhora do Monte Serrat, construída entre 1928 e 1936.
Durante o século 18 a área de Salto não era mais do que um agrupamento de sítios. Passou a ser mais relevante a partir do século 19 com a implantação da cultura cafeeira. A cidade de Itu se tornou um importante centro produtor e um núcleo de concentração de renda. Os barões do café começavam a se tornar uma força política à parte do Império. A área de Salto foi visitada pelo Imperador Dom Pedro II por duas vezes, em 1846 e 1875. O Conde D'Eu também visitou a cidade em 1874. A real urbanização de Salto só começou em 1856 quando, após a realização do primeiro levantamento topográfico, estipulou-se um plano de arruamento. Ao fim do arruamento, em 1857, Salto contava com não mais que sete estabelecimentos comerciais e uma única indústria que era uma fábrica de velas). Durante a década de 1870, Salto se torna um pequeno polo tecelão, com a instalação de várias indústrias têxteis, o que originou o apelido de Pequena Manchester Paulista. A década também marcou a implantação da antiga estrada de ferro (1873), que cortava o atual bairro Estação. Em 1889 Salto é emancipada. A elite cafeeira ituana estava forte como nunca e teve um papel central na derrocada do Império e implantação do regime republicano. Na época, devido ao sistema de hierarquia que ainda se usava, Salto teve que ser primeiro considerada uma freguesia. Após o desmembramento foi considerada um município, mas não uma cidade. Só alcançou essa categoria em 1907. A despeito da emancipação, Salto só deixou de se chamar "Salto de Itu" em 29 de dezembro de 1917 quando uma lei estadual mudou oficialmente seu nome para Salto.
No começo do século XX houve o primeiro grande movimento
migratório em direção à cidade, constituído de colonos italianos que
vieram trabalhar na colheita do café. A imigração italiana foi massiva durante
os anos que se seguiram e as famílias de colonos formavam a maior parte da
população, deixando marcas na cultura de Salto até os dias atuais. Na década
de 1950 indústrias de grande porte se instalam na cidade, e desde a
década de 1970, Salto passa a receber intenso fluxo migratório de outros
estados - em especial das regiões Nordeste e Sul, com destaque para o estado do
Paraná. A Estância Turística de Salto conta hoje com 110 mil habitantes e é o
coração cultural da região. (cjb/2013)